Propaganda Médica – quebrando o tabu

O que é? Para que serve? Quem faz? Quais são os conceitos? Quais são os preconceitos? Descubra quais são os objetivos e os desafios por trás dessa prática.

 

 

Neste texto, iremos abordar as questões acima de modo a conceituar o propósito do propagandista. São questões individuais que se interligam em um único sentido e dependem umas das outras.

A propaganda médica consiste em uma forma de comunicação dirigida, que visa transmitir a informação ao médico, seja ela acerca de uma nova solução tecnológica para identificar ou curar uma patologia ou sintoma, por meio de um exame, um tratamento medicamentoso, um tratamento não medicamentoso, hábitos que influenciam no procedimento de determinado paciente. Ou seja, em resumo, trata-se em divulgar um produto ao profissional da saúde.

 

O mundo se transforma, respaldado pela tecnologia e o avanço científico, tornando possível novas soluções que salvam vidas. Essas novidades precisam ser transmitidas e há muitos canais que podem colaborar nessa comunicação, como o digital, o impresso e o eletrônico.

 

A propaganda médica não se enquadra em nenhum canal descrito acima, pois compõe um canal próprio, cuja transmissão ocorre por meio da visitação aos stakeholders de influência, no caso, os médicos.

 

Durante as visitas médicas, os outros canais de comunicação podem ser utilizados, através de diversos meios. Esses meios podem ser: Revistas médicas, folders informativos, estudos que comprovem a efetividade do produto ou serviço, visualWADE (canal impresso), sites de apoio à patologia tratada, aplicativo do laboratório divulgado (canal digital). Ou seja, a propaganda médica consiste em um canal de comunicação que pode e utiliza outros canais durante o processo.

 

O profissional que transmite a informação ao médico é também um instrumento de comunicação e é conhecido como “propagandista”, “propaga”, “representante”, “rep”. Ele é conhecido dessas formas pois propaga a informação de determinado serviço ou produto em prol da saúde para os médicos e representa o laboratório que proporciona este mesmo serviço ou produto. O propagandista é um profissional capacitado para a função, cuja sua principal característica é o dever de permear os padrões da ética, de modo a transmitir a informação de forma mais clara possível, para garantir ao médico todos os atributos do produto ou serviço, seja sua finalidade, características, benefícios, efeitos adversos e contraindicações. O médico, por sua vez, irá analisar todas as informações pertinentes de acordo com a singularidade de cada paciente e indicar o tratamento mais adequado.

 

Há o preconceito em relação a profissão, que por vezes passa a frente do paciente para conversar com o médico e atualizá-lo sobre os avanços tecnológicos, transmitir um novo estudo/quadro clínico, distribuir amostras para que ele possa beneficiar um paciente. Esse preconceito se dá pelo desconhecimento. A propaganda médica visa acrescentar na reação entre paciente x médico, para garantir melhora na qualidade de vida, através de novas soluções.

 

Muito importante dizer também que a indução da prescrição médica que seja desvinculada ao benefício oferecido pelo produto ou serviço e vinculada a incentivos financeiros é considerada crime, pois pode causar riscos à saúde do paciente. Por isso há leis rigorosas que regem esta profissão e prezam pelo bem-estar de todos.